Este blogue é da responsabilidade de um lisboeta com frequência universitária (Biologia), ex‑jornalista actualmente trabalhando na área informática.
Isto e tudo o mais ou será óbvio, ou irrelevante. (Vd. manifesto.)
IBSN:
Num jornal de hoje (Diário de Notícias 50056: p.48) diz-se que Alberto II, chefe-de-Estado do Mónaco, chegou ontem ao Polo Norte, de onde alerta o Mundo para o aquecimento global.
Deixando de lado a evidência de que já vimos operações mais descaradas de vender férias exóticas a celebridades sortidas a troco de promoções comerciais (lembram-se de Diana e as minas anti-pessoal?), consideramos que mesmo sem sair do seu exíguo país, sua Alteza Sereníssima muito faria contra o aquecimento global se, por exemplo, proibisse o Grande Prémio de F1 que anualmente acolhe.
Claro que países maiores têm mais responsabilidades (ainda que poucos proporcionalmente tantos quanto um que tenha 100% de área urbana, como é o caso do monástico principado), mas se o Mónaco quer dar o exemplo aos grandes em “lavagem de cara” ambiental, então que conceda tão somente 1% dos proventos anuais do seu afamado Casino para a eliminação da praga de Caulerpa taxifolia, que ameaça já vastas áreas do Mediterrâneo.
Acrescente-se, para quem não conhece o caso ou não consultou o artigo da Wikipedia acima enlaçado, que uma variante resistente à água fria, e igualmente tóxica, se tem espalhado pelo Mediterrâneo desde meados da década de 1980, sendo actualmente a mais grave praga xenobotânica marítima. A infecção começou exactamente junto das descargas do Museu Oceanográfico do Mónaco.
Etiquetas: Ambiente
às 23:54, por Zarolho
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